A MUDANÇA NOSSA DE CADA DIA

Mudança é um substantivo feminino. O termo tem origem no Latim mutatio, de mutare, que significa “mudar, trocar de lugar”. Mudança é o efeito ou ato de dispor, de mudar de outro modo. Pode ser entendido como a alteração ou modificação do estado normal de alguma coisa.

Escrever sobre mudança hoje é um grande desafio  pois todos nós sabemos da aceleração do mundo e o quanto ele tem exigido que as pessoas mudem cada vez mais e com maior rapidez. Muito se diz da necessidade emergente de mudar e o quanto as pessoas tem dificuldade de encarar e assumir este novo, pois a mudança a princípio gera dor e sofrimento. Parece que este tema já não traz mais nenhuma novidade.

Gostaria de trazer o assunto para a reflexão por uma perspectiva diferente ao que tenho visto por aí. E para ilustrar vou contar uma estória.

Eu tenho carros automáticos há cerca de 6 anos e confesso que quando dirigi pela primeira vez um carro com esta característica tive algumas dificuldades. A primeira sensação foi que parecia muito difícil. Mas como pode parecer mais difícil se eu não preciso me preocupar com mudar as marchas? Como pode um carro não ter pedal de embreagem, onde vou colocar meu pé esquerdo?  E racionalmente é mais fácil e com menos desafios, chegando a parecer certa  regressão na habilidade de dirigir.

Um carro automático geralmente tem muito mais tecnologia embarcada do que um carro de câmbio manual, gerando mais conforto para o usuário. E não é que a gente se acostuma rapidinho com estas mordomias.

Porém sempre que viajo em férias para lugares distantes, chegando no destino eu tenho o hábito de alugar um carro para me locomover com mais liberdade, não ficando refém de excursões. Para economizar, acabo optando em alugar um carro de cambio manual.

Nos primeiros 15 minutos de direção, parece que estou dirigindo uma carroça e não mais um carro. Tenho uma sensação que aquele veículo faz parte de um passado distante… Mas não faz… E como um passe de mágica voltamos a ter total sintonia com o veículo e a forma como pilotá-lo. Ou seja em algumas horas nos adaptamos aquele novo velho padrão de direção.  E é neste ponto que quero chamar a sua atenção.

A mudança pode acontecer na nossa vida para melhorar ou piorar a nossa condição e independente se ela é para um lado ou outro, a gente acaba se acostumando e aceitando a mudança. Isso é um horror!!! Nosso cérebro nos trai para nos proteger. O quanto nos acostumamos com as coisas que nos fazem mal e vamos levando? Um casamento infeliz, um emprego medíocre, uma formação sem propósito…

É muito importante estarmos atentos a estas coisas e refletirmos sobre o piloto automático que muitas vezes utilizamos para dirigir as nossas vidas.

E sabe o que é pior, quando termina as férias e volto para o meu carro automático, tenho que me readaptar novamente, mesmo ele sendo infinitamente melhor que o utilizado nas férias. A gente também se acostuma com o que é ruim e também tem dificuldades de mudar e aceitar o novo e por  vezes o melhor que tem por vir.

 Ana Paula Cramez  – Diretora Executiva da CiaDH

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